A distribuição dos royaties oriundos da exploração do pré-sal para todos os estados brasileiros continua gerando polêmica pelo texto do projeto que aumenta o valor para os estados não produtores e diminui para os estado produtores, como o Rio de Janeiro. Sobre o assunto, o deputado federal Henrique Alves (PMDB) afirmou na manhã desta terça-feira (16) que a proposta tem que ser reavaliada para evitar vetos.A discussão foi provocada após declaração do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em evento com jovens na tarde de ontem (15) onde defendeu que o valor do pré-sal fique apenas com os estados produtores.
Para o deputado federal, Henrique Alves (PMDB), o problema é na proposta do deputado federal Ibsen Pinheiro que Pela proposta do deputado federal, os royalties do pós-sal e também do pré-sal seriam divididos para todos os municípios brasileiros. Com isso, algumas cidades como Macaé teriam arrecadação diminuída de R$ 345 milhões para R$ 1,5 milhão por ano.
“A proposta de Ibsen foi muito radical na questão da distribuição dos royaties. Agora, o problema é que a emenda que radicalizou o novo processo de distribuição seja aprovada e inviabilize a aprovação pelo presidente Lula”, conta.
O veto pode ser feito pelo presidente ao projeto reformulado e pode retornar para a Câmara, que pode derrubar o veto do presidente e a emenda entra em vigor.
Sobre o assunto, Henrique ainda comenta. “Depois de vetada a proposta, os nossos estados não produtores podem ficar sem o valor dos royalties. Essa é a hora de encontrarmos um meio termo, que não quebre o principio federativo, mas que resgate o direito de participação dos estados”, explica.
De acordo com Henrique Alves, a solução tem que ser racional e não política e sugere. “O ideal é que não se valorize a questão do pós-sal e se verifique a constitucionalidade da proposta e que as questões não venham a paralisar a conquista do pré-sal”, frisa.
Distribuição de royalties
A legislação brasileira obriga as empresas produtoras de petróleo e gás no Brasil a pagar uma indenização de lavra à União, estados e municípios chamada de Participações Governamentais, com o pagamento de royalties mensais e participações especiais a cada três meses, calculados em função do volume de petróleo e gás produzidos.
Os valores das participações governamentais são calculados com base no preço corrente do petróleo produzido pelo concessionário. Este preço é estabelecido pela Agencia Nacional de Petróleo (ANP) com referência na cotação internacional do petróleo que possua características mais semelhantes ao que foi produzido pela empresa.
Fonte: Nominuto.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário