terça-feira, 18 de maio de 2010

Ciclismo: A batalha do Rosário por Dionísio Carvalho

Chegou a hora da grande festa em nossa casa. Grandes nomes se apresentam como favoritos e outros anônimos buscam a oportunidade de colocar seus nomes nos registros da história e honrar seus Estados. Os palcos (as pistas preparadas) parecem grandes Coliseus onde se apresentarão gladiadores para as batalhas. A platéia, formada por amigos e curiosos, anseia ver os esforços extra-naturais daqueles que dão de si até a última gota de suor, e porque não dizer de sangue que é sentido na boca, no peito, nas pernas.

Assim como os soldados de Roma, nossos atletas foram valentes para se apresentar perante leões que queriam devorar-lhes sua honra e levar medalhas e troféus de volta. Assim como esperado, as provas foram de nível altíssimo, algumas máquinas eram, além de bonitas, poderosas e, talvez, capazes até de voar. Homens com 15, 18, 20, 25, 30, 40, 50 e até mais idade demonstraram a mesma força de vontade em ganhar. Aliás, os mais velhos pareciam ainda mais empolgados com a disputa, pareciam mais adolescentes que os adolescentes, pareciam mais fortes que os atletas de elite, buscavam ganhar mais que qualquer outra categoria. A cada chegada, via-se um rosto sofrido de uma prova difícil, mas a alegria enorme em completá-la. Quando ao término da prova o atleta ocupava alguma colocação a ser premiada, tinha mais alegria que dor, pensava mais no pódio que no cansaço, todo o desgaste e sofrimento não significam nada. O Goiano (Josenaldo Alcântara) estava eufórico, contagiante, infantilmente alegre e feliz. Alguns dos nossos gladiadores tiveram problemas que os impediram de prosseguir com a disputa, como pneus furados e até corrente quebrada, mas isso não os impediu de tentar novamente no outro dia e ter êxito. Outros vieram de cidades distantes. Saíram com objetivo e alvos firmados na mente: conseguir completar as provas, o que já seria, para eles, um grande feito. Reginaldo fez uma excelente prova e trouxe mais um ouro para o Estado, correndo sozinho à frente de todos abriu quase cinco minutos de vantagem. Espetacular! Foram muitos exemplos de força de vontade que deram sua contribuição para a pontuação conseguida.

Agora é hora de refletir. Vimos que temos muito a melhorar. Nossas provas agora devem ser mais duras, difíceis, compridas... Não adianta reclamar quando as provas começam ao calor de 40 graus. Nem quando elas terão duração de 1h30 ou mais. E quando temo poucos atletas competindo, será isso bom para termos chance de ganhar? Ou ruim, porque diminui o grau de dificuldade? Vamos nos unir para treinar, para competir, para organizar e buscar todas as medalhas de ouro na próxima competição que se aproxima.

Assim, desejamos parabéns a todos que participaram desta grandiosa batalha de gigantes e fizeram o seu melhor para defender seu Estado. Que a próxima seja concluída com nossa festa de comemoração do primeiro lugar geral!

Dionísio Carvalho

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